do contrato social - rousseau
A evolução do Índice de Desenvolvimento Social (IDS) foi o tema abordado pelo economista Roberto Cavalcanti de Albuquerque, diretor-técnico do Fórum Nacional, em palestra no terceiro dia de apresentações do XXV Fórum Nacional. Ex-superintendente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) nos anos 70, Roberto criou o índice para analisar a evolução social no Brasil, por estados e regiões. Seus estudos cobrem o período de 1970 a 2010.
Albuquerque explicou que o IDS facilita uma visão sintética do desenvolvimento social no País. “O indicador permite construir uma análise agregada de componentes e subcomponentes para orientar estudos setorizados”, resumiu. O IDS é composto por cinco índices: Saúde, Educação, Trabalho, Rendimento e Habitação. Cada um destes engloba subitens. O de Saúde inclui expectativa de vida e taxa de sobrevivência infantil; o de Educação, taxas de alfabetização e anos de estudo; o de Trabalho, taxas de atividade e ocupação; o de Rendimento leva em consideração o PIB per capita e o coeficiente de igualdade; já o de Habitação abrange acesso à água, energia, geladeira e televisão. Os índices variam em uma escala de 0 a 10.
De acordo com o estudo, os melhores índices de desenvolvimento social do Brasil são registrados no Distrito Federal, em Santa Catarina e São Paulo, seguidos por Rio Grande do Sul e Paraná. Essas são as cinco unidades da federação que apresentam um IDS considerado de alto desenvolvimento (índice acima de oito). Os piores índices são verificados na região Nordeste. Alagoas tem o pior IDS do Brasil, seguido por Maranhão, Paraíba e Piauí.
“O alto desenvolvimento está basicamente no Sul e no Sudeste, o médio desenvolvimento já entra um pouco nos estados do Norte, mas não existe nada de Nordeste nesses dois níveis”, destacou o pesquisador. De acordo com o economista, o Nordeste ainda detém os piores níveis sociais do País, mas evoluiu em ritmo mais acelerado que a média nacional, o que tem