Do ambiente familiar para a formação do indivíduo
Partindo da importância do meio cultural, da localização histórica e do ambiente familiar para a formação do indivíduo; e do papel que o indivíduo tem como agente cultural e histórico, este estudo busca compreender o impacto que estas forças tiveram nas teorias de três das mais importantes figuras da sociologia moderna. As observações e considerações têm como base o material biográfico disponível e as próprias teorias desenvolvidas pelos indivíduos a serem estudados.
Palavras-chave: sociologia, antropologia, história, psicologia.
INTRODUÇÃO
A família, além de assegurar o sustento e transmitir a herança cultural e social, por meio das interações que são desenvolvidas em seu meio, também firma posições e cria contradições que, em muitos casos, irão acompanhar o indivíduo por toda a sua vida. Em muitos casos é possível vislumbrar o seio familiar no qual o indivíduo foi criado, estudando sua produção intelectual.
Marconi explica que o relativismo cultural, como é estudado pela Antropologia, trata do condicionamento a um determinado modo de vida, por meio do processo de endoculturação que se inicia na família, e é determinante para o sistema de valores e para a própria integridade cultural do indivíduo. (2006)
O Zeitgeist – clima, não tanto físico quanto intelectual – em que este indivíduo vive, pode tanto exercer uma força favorável, quanto uma força inibidora, impedindo a disseminação e o desenvolvimento de certas idéias: “Por mais valiosas que suas contribuições sejam consideradas hoje, se as figuras significativas da história e da ciência tivessem tido idéias demasiado distantes do clima intelectual de sua época, suas percepções teriam desaparecido na obscuridade.” (SCHULTZ, 2007)
Além dos fatores citados acima, o próprio contexto histórico em que o indivíduo se encontra, os acontecimentos de peso do seu tempo, irão exercer um impacto que pode ser notado em toda espécie de obra que este venha a elaborar.
Tendo isto em mente, buscamos na