A TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADES EDUCACIONAIS DA FAMÍLIA PARA A ESCOLA NO CENÁRIO PÓS-MODERNO
Por que ocorre essa mudança?
A família, instituição Pré-histórica que ditou a organização dos primeiros grupos humanos, sociedades e civilizações, vem sofrendo profundas transformações nas últimas décadas em sua forma de ser e existir. Apesar do seu caráter conservador de valores e tendências, a família passa neste final de século XX e início de XXI, por um processo de criação de novos conceitos. Tal crise de paradigmas familiares promove, ainda, mais desafios do que soluções, visto que muitas transformações na sociedade se dão antes que ela própria esteja pronta para aceitá-las.
A transformação do modelo familiar tradicional, já sofre alterações profundas alterações desde a década de 1950, onde a mulher inicia de maneira gradativa suas primeiras incursões em quantidades relevantes no mercado de trabalho. Como resultado, atualmente não é incomum que a mulher seja a provedora principal de recursos do lar, quando não a única, e ao homem cabe um papel provedor secundário, abalando as estruturas sexistas presentes até então. Já se foi a época em que a mulher cuidava dos afazeres domésticos e dos filhos enquanto o marido trabalhava.
Mas para isso, a mulher deve estar presente no mercado de trabalho e deixar de cumprir com a mesma intensidade que cumpria antes, uma função muito importante: a de educar os filhos.
Desta forma o conceito de família torna-se múltiplo durante o período acima citado até os dias de hoje, de forma que, se antes o conceito estava vinculado à convivência doméstica, à consanguinidade, formada através do matrimônio e da reprodução, outras alternativas vem surgindo como a adoção; marcados e incentivados pelos valores capitalistas individualistas, pais e mães solteiros, separados ou viúvos, optam pela manutenção da família sem contar com o outro cônjugue.
E quando se entra na questão da educação recebida no contexto familiar, é necessário dizer que