Dna mitocondrial
Além do DNA genômico, presente no núcleo das células, também há DNA nas mitocôndrias, organelas situadas no citoplasma. Esse DNA é muito menor que o nuclear e tem estrutura circular, que o torna mais parecido com o das bactérias.
No contexto da análise forense, o interesse pelo DNA mitocondrial surgiu por vários motivos: primeiro esse DNA também contém regiões polimórficas que permitem sua individualização; segundo, os descendentes recebem esse DNA apenas da mãe, o que permite traçar a linhagem materna de uma pessoa; e terceiro, esse DNA é mais resistente à degradação que o DNA nuclear. Assim, em grandes desastres (incêndios, explosões, queda de avião, etc.), quando é mais difícil identificar os corpos, analisa-se o DNA mitocondrial. Este é extraído dos restos mortais e a sequência de interesse é comparada com sequências obtidas de irmãos ou ascendentes maternos.
Doenças Mitocondriais
Existem muitos tipos de doenças mitocondriais e a maioria delas caem no âmbito da pediatria, são as mitocondriopatias hereditárias. Entretanto as mitocondrias são as principais geradoras de energia da célula e sofrem todos os tipos de agressões externas e internas e nós clínicos nos esquecemos da sua existência. A principal fonte de energia da célula é proveniente da mitocondria. Esta organela é o motor mais potente de produção de energia e portanto de síntese das proteínas e de todos elementos químicos citoplasmáticos. No presente momento e disponível para o pronto uso em clínica temos em mãos muitas armas para manter esse nosso parasita amigo em plena ação.
Com o emprego da estratégia biomolecular mais rudimentar (prática regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina em 1998), cuidamos das mitocondrias, mantemos a sua função bioenergética e conseguimos aumentar a eficácia da medicina convencional.
Em 1962, Luft foi o primeiro a observar que a mitocondria poderia desempenhar algum papel no patogênese do hipermetabolismo de origem não tireoideana de um