benefícios e limitações do uso do DNA mitocondrial
Embora a grande maioria dos genes se localize no núcleo, um subgrupo pequeno, mas importante, reside no citoplasma, especificamente nas mitocôndrias. São eles os genes mitocondriais que exibem herança exclusivamente materna.
Todas as células humanas possuem centenas de mitocôndrias, cada uma contendo varias copias de uma pequena molécula circular, o cromossomo mitocondrial. A principal vantagem do DNA mitocondrial, em comparação com o DNA nuclear, é que ele está presente num total aproximado de 500 a 2.000 cópias por célula. Nesse contexto a analise do DNAmt é particularmente útil em investigações criminais, uma vez que esta abundancia oferece uma maior chance de algumas cópias suportarem a degradação das amostras obtidas para a análise forense.
Apesar de o DNA nuclear possuir um ótimo poder para as identificações criminais, ele aparece com uma freqüência de apenas duas copias por célula diplóide. Uma característica importante do DNA mitocondrial é que ele é herdado uniparentalmente, pois apenas as mitocôndrias do gameta materno estão presentes no embrião e conseqüentemente no individuo adulto. Sendo assim, as relações familiares pela linhagem materna são reconhecidas facilmente. Os alvos do seqüenciamento do DNA mitocondrial são duas regiões especificas do cromossomo, denominadas de regiões hipervariaveis I e II (HV1/HV2). A taxa de mutação nestas regiões é de cinco a dez vezes maiores em comparação com o DNA nuclear. Espécimes biológicos são analisados comparando o polimorfismo encontrado nas regiões HV1 e HV2 com aqueles encontrados na linhagem materna, ou a partir de um banco hipervariaveis I e II (HV1/HV2). A taxa de mutação de dados evolucionário, biológico ou antropológico da população, quando se deseja enquadrar um suspeito em algum grupo étnico, por exemplo, uma vez que cada população de origem distinta possui um conjunto especifico de SNPs nesta região. Entretanto, deve-se levar em conta