Diálogos e reflexões: a evolução não dá saltos
"Conheça a você mesmo. Existem pessoas que percorrem o mundo inteiro à procura de si próprias." (André Luiz)
As religiões que se arvoram em mandatárias da verdade e da conduta alheia, em sua maioria, o fazem sob forte apelo emocional, através do medo, da ameaça, do castigo, fogo do inferno pela eternidade, ou com propostas de poder, glória e riqueza material. Todas as religiões sobrevivem pelos séculos afora porque têm sua importância na transformação da criatura humana. No entanto, as que se utilizaram desse recurso, foram felizes até certo ponto, em que pese no refrear dos impulsos animalescos do homem, na sua mais abrangente necessidade de equilibrar seus costumes e hábitos, até mesmo de higiene e desregramento sexual, como nos tempos de Moisés.
Todavia, em determinado momento o ser pensante começou a eclodir e falar mais alto. Este descobriu que é muito mais lógico unir fé e raciocínio, do que a simples fé pela fé, no sobrenatural. Porque isso subjuga, subestima e não funciona quando se trata de enfrentar conflitos angustiantes, dilacerantes da alma e que não encontram resposta na religião que apenas dita regras, mas não explica os liames e os porquês de seus desencontros. Impingir comportamentos a um espírito milenar é como que dar ordens a uma criança indefesa que obedece enquanto não tem condições de revidar por indefesa que é. Mas quando esta cresce, tudo o que reprimiu o fará, explode como um vulcão e comete toda sorte de abusos, atrocidades. Porque apenas sufocou e não reflexionou, ou pensou, decidindo pelo melhor porque entendeu o fluxo da vida. A conscientização pelo livre pensar e agir, transforma o ser de forma mais profunda e a criatura se torna mais segura de seus atos porque teve um despertar de consciência, diferente de estar sob o jugo da coação, haja vista que medo não é sinônimo de respeito. E o respeito se adquire pela compreensão dos fatos. A evolução não dá saltos, ninguém se transforma da noite para o dia em