Visão Histórica Holístico-sistêmica

VISÃO HISTÓRICA HOLÍSTICO-SISTÊMICA
(Renato Klein – Itapema, 04 de Agosto de 2002)

A visão holística: é de simultaneidade, a-histórica, absoluta, oniabrangente, onipresente, imediata, aqui e agora, sintética; brota da percepção, amplia-se pela intuição; é absolutamente aberta ao todo, sem restrições, sem análises, sem comparações, sem julgamentos; é integradora, co-pulsante, universal; surpreende, encanta, deslumbra, assombra e apavora.

A visão sistêmica: é “sistemática”, isto é, observa as partes, as interligações, as sucessões, os detalhes; mede, quantifica, calcula, compara, analisa, referencia, separa, restringe, julga, diagnostica, relativiza; busca as conexões e as desconexões; é processual, evolutiva, histórica.

A aplicação desses conceitos à história humana permite-nos algumas reflexões interessantes. Existe a grande história do(s) Universo(s), com seus Big-Bangs medidos por nós seres humanos em bilhões ou mesmo trilhões de anos, bem como em mega-distâncias de anos-luz. Na história do (nosso) universo se insere a história de nossa galáxia, de nosso sistema solar e, finalmente, de nosso planeta. Do campo tensorial energético deste planeta emergem os “seres sensientes”, e da evolução progressiva destes emergimos nós, os seres humanos. Na expressão de Teilhard de Chardin, “o Homem não se poderia ver por completo fora da Humanidade; nem a Humanidade fora da Vida, nem a Vida fora do Universo”.

A grande epigênese da História Humana se forma de inúmeras epigêneses médias e pequenas (da mesma maneira que a grande epigênese da vida de uma pessoa se forma de inúmeras pequenas e médias epigêneses), que se cruzam e se sucedem progressivamente. Inúmeras expressões culturais surgem, crescem e morrem, algumas delas deixando poucos vestígios aparentes, outras claramente deixando ver suas influências nas culturas sucessoras. A nossa Civilização Ocidental é uma civilização relativamente nova, comparada às civilizações orientais, como a