Divisão Social do Trabalho
Divisão social do trabalho
As relações de produção regulam tanto a distribuição dos meios de produção e dos produtos quanto a apropriação dessa distribuição e do trabalho. Elas expressam as formas sociais de organização voltadas para a produção. Os fatores decorrentes dessas relações resultam em uma divisão no interior das sociedades.
Por ter uma finalidade em si mesmo, o processo produtivo aliena o trabalhador, já que é somente para produzir que ele existe. Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre possuidores e os não detentores dos meios de produção. Surgem, então, a classe dominante e a classe dominada (ou seja, a dos trabalhadores). O Estado aparece para representar os interesses da classe dominante e cria, para isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. Esses aparatos são nomeados por Marx de infraestrutura e condicionam o desenvolvimento de ideologias e normas reguladoras, sejam elas políticas, religiosas, culturais ou econômicas, para assegurar os interesses dos proprietários dos meios de produção.
Para ele a divisão do trabalho é fruto do desenvolvimento da sociedade e do estilo de vida do homem. Conforme as suas atividades vão se sofisticando, torna-se necessária uma maior especialização e por consequência, uma maior divisão das etapas da produção.
Podemos comparar as sociedades indígenas com a sociedade capitalista atual. Nas tribos o trabalho é dividido apenas por sexo e idade, sendo que quase toda a população possui as mesmas habilidades. Já na sociedade atual, cada indivíduo possui uma capacitação específica e os serviços estão cada vez mais terceirizados.
Essas divisões trouxeram outras ainda maiores como o fim da atividade não recompensada em prol do coletivo. Se hoje o homem emprega sua força de trabalho em algo que será usado por outros, ele recebe salário e não há um interesse pelo coletivo, como em uma fábrica.
.Para Karl Marx a divisão do trabalho trouxe divisões de