diversis
DESIGN E ARQUITETURA:
DO ECLETISMO AO PÓS-MODERNISMO:
INTERFACES
Profa. Dra. Paula da Cruz Landim
INTRODUÇÃO
Nos últimos tempos o uso da palavra design passou a ser muito explorado pelos meios de comunicação, principalmente na publicidade, demonstrando com isso a força que o design agrega como valor de imagem, mas, pouco se fala do seu conteúdo.
Possivelmente o desconhecimento da importância do design no contexto das empresas tenha provocado esse excesso de exposição, gerando equívocos e deturpações como a utilização do design como marca, como Hair Design em vez de cabeleireiro, Flower Design em vez de Floricultura,
Design Tour para agência de turismo, sem falar na terrível expressão design arrojado. Outros se apoderam do design para vender efêmeras e duvidosas peças de artesanato "pseudo-chic", onde não são observados qualidade, usabilidade, e custos, só para citar alguns exemplos.
A corrente dominante da história da humanidade acredita que o grande salto evolutivo que distingue o Homo erectus do restante dos mamíferos foi sua capacidade de dominar o meio ambiente.
A cada problema ambiental apresentado, o homem primitivo associava uma solução. Ao perceber uma lasca de pedra cortante e o benefício direto que tal função proporcionava, o homem dava um passo no domínio e na compreensão da função do design. Isso aconteceu em todo o mundo primitivo, ao mesmo tempo, aparentemente sem contato entre os povos.
Se essa compreensão da função do design é tão elementar e os benefícios tão aparentes, por que ainda hoje é tão difícil justificar o papel do design como atividade transformadora e geradora de benefícios palpáveis?
Algumas descobertas do homem primitivo explicam quão antigos e enraizados são alguns dos valores que hoje consideramos bens inerentes da civilização.
A descoberta e o domínio do fogo e de ferramentas de caça e corte permitiram que as primeiras tribos nômades se fixassem e adquirissem estrutura social hierarquizada, com