Diversidade religiosa no maranhão
O Estado do Maranhão localiza-se no encontro das grandes regiões da Amazônia e do Nordeste do Brasil. As religiões afro-brasileiras encontram-se aí muito difundidas e presentes principalmente nos ambientes mais populares. Em São Luís, capital do Estado, as casas de culto afro são muito numerosas, sendo difícil quantificá-las. A ilha de São Luís tem cerca de 1.000.000 habitantes e afirma-se que existem aqui entre cerca de mil e dois terreiros de culto afro das diferentes tendencias. A mesma expansão ocorre em outras regiões do Estado, especialmente em Cururupú, localizado a de 500 kms da Capital, no
Litoral Norte, que desde o período colonial foi região de entrada de escravos de contrabando. Fala-se que Cururupú, com população de aproximadamente 40.000 habitantes, teria mais de cem terreiros. Este fenômeno também ocorre em Codó, situada a
300 kms da capital, com população em torno de 70.000 habitantes e que dizem possuir mais de 200 terreiros. Em outros municípios existem casas de culto afro, porém, ao que sabemos, em menor quantidade. Esta presença é mais intensa nas regiões de maior concentração da população negra, como além das já citadas, os municípios de Bacabal,
Pedreiras, Caxias, Viana, São Bento, Penalva e muitos outros. Mas hoje em dia as religiões de origem africana não são praticadas apenas por afro-descendentes, estando difundida entre descendentes de todos os grupos étnicos e em todas as classes sociais.
O tambor de mina, a cura ou pajelança e a umbanda, constituem os tipos de manifestações religiosas afro-brasileiras mais difundidas no Maranhão e na Amazônia. Em algumas regiões do Maranhão elas apareçam com outras denominações como terecô, vodum, pajé, Santa Bárbara, Barba Soeira, etc.
O candomblé nagô, religião afro-brasileira atualmente mais conhecida e tida por muitos como padrão das religiões africanas no Brasil, tem pouca presença no Maranhão, em comparação com