Diversidade dos seres vivos
No mundo natural, os cenários que mais marcadamente nos impressionam refletem a complexidade e a diversidade do mundo vivo.
Os biólogos calculam que existam hoje, na terra, de 30 a 50 milhões de espécies, das quais apenas dois milhões foram descritas e denominadas.
Explicar a origem e a diversidade das espécies foi considerado o “mistério dos mistérios”. As explicações para a origem das espécies foram surgindo ao longo dos séculos, fortemente influenciados, por princípios religiosos, filosóficos e culturais.
Fixismo e Teorias Fixistas
Quando se observam as diferentes espécies surge a impressão de que elas se mantiveram imutáveis ao longo dos séculos. Parece óbvio admitir que as várias gerações de lobos deram sempre origem a lobos e as várias gerações de cães originaram sempre cães, do mesmo modo que das sementes de trigo sempre nasceram grandes cearas verdes. Considerar que as espécies surgiram tal como hoje se conhecem e se mantiveram imutáveis ao longo do tempo é um princípio fixista que foi aceite durante muitos séculos. As explicações para a origem das primeiras espécies foram surgindo ao longo do tempo de uma forma mais ou menos fantasista, sem qualquer apoio experimental.
A diversidade era explicada pela interpretação dos textos bíblicos. Com base nesta mesma interpretação, concluía-se que os seres vivos eram o ato de uma criação divina, e que estes se mantinham imutáveis ao longo do tempo, não sofrendo alterações. Esta visão das espécies, conhecida por fixismo, considerava ainda que a Natureza como sistema ordenado e estável que era, estava perfeitamente adaptada a estas espécies. Teoria da Geração Espontânea – segundo esta teoria os organismos podiam surgir a partir de matéria inerte, por ação de um princípio ativo que atuava sobre essa matéria. Admitir que as espécies surgiram por geração espontânea foi uma explicação sobre a origem e diversidade dos seres vivos que perdurou durante vários