Disturbios de aprendizagem
“A especialização e o aprofundamento das ciências em torno do universo humano, deram lugar de destaque às atividades gráficas já que se tornou impossível transmitir todos os conhecimentos através da fala. Aprender a ler e a escrever, deixou de ser privilégio dos mais abastados para se tornar uma preocupação de todos os governos, pois se transformou num termômetro de desenvolvimento social.” (p.15).
“Mas, se a linguagem oral (fala) é uma característica biologicamente determinada que se envolva de forma natural e espontânea se existir um ambiente estimulante (Condemarín,1980), e se a criança não apresenta nenhum distúrbio a nível fonoarticulátório, o mesmo não acontece com a leitura e a escrita. Basta salientar que dois terços da população humana não lê e nem escreve, enquanto toda a população mundial fala (Ibidem, 1980). Neste sentido fica claro que a leitura e a escrita não são características genéticas da espécie humana e, portanto sua aquisição requer esforço e a existência de um ambiente estimulante”. (p. 15).
“No entanto, a leitura e a escrita não podem ser consideradas atividades isoladas no processo de desenvolvimento da criança. Estes dois processos gráficos fazem parte da evolução da linguagem que se inicia logo nos primeiros anos de vida da criança.” (p.16).
“De acordo com Condemarím e Blonquist (1970), o desenvolvimento da linguagem pode ser dividido em cinco etapas inter-dependentes e seqüêncializadas. Inter-dependentes porque cada uma dessas etapas depende da anterior para se desenvolve e, seqüencializadas, pois obedecem a uma seqüência de desenvolvimento. Nesse sentido qualquer deficiência em uma dessas etapas poderá implicar em distúrbios nas etapas posteriores.” (p. 16)
“A primeira etapa do funcionamento verbal é a aquisição do