Dislexia
DISLEXIA
DSM IV – CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Critério A:
O rendimento da leitura, medido por testes padronizados, administrados individualmente, de correção ou compreensão da leitura, está acentuadamente abaixo do nível esperado, considerando a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade apropriada à idade do indivíduo.
DSM IV
Critério B:
A perturbação no Critério A interfere significativamente no rendimento escolar ou atividades da vida diária que exigem habilidades de leitura.
DSM IV
Critério C:
Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades de leitura excedem aquelas geralmente a este associadas.
Nota para a codificação: Se uma condição médica geral
(por ex., neurológica) estiver presente, codificá-la no
Eixo III.
- O correlato neurobiológico da dislexia (pelo menos nas culturas ocidentais e naquelas em que os alfabetos são compostos por letras que se unem para formar fonemas) é a má formação de estruturas no lobo temporal responsáveis pela conversão de grafemas
(informação visual das letras) em fonemas (som)
- A má formação dessas áreas (erros na migração de neurônios e na composição das camadas corticais) dificulta em diferentes graus a distinção entre grafemas parecidos e sua conversão no fonema adequado, gerando erros e atrasos na leitura
- O cérebro busca compensar essa dificuldade de processamento com uma maior ativação de outras regiões, como a Área de Broca
- Na cultura chinesa, a má formação das regiões temporais não provoca prejuízo na leitura, isso porque o alfabeto chinês não é baseado em letras e sim em ideogramas, que são centenas a milhares de desenhos de traço relativamente complexo que contêm uma ideia em si e não uma relação entre fonemas
- A dislexia na língua chinesa está associada a uma má formação de áreas do córtex pré-frontal, sobretudo áreas pré-motoras, relacionadas ao planejamento motor e memória da sequência de traços necessária para se compor um ideograma, o que reflete uma estratégia de