Reforma Protestante
A Reforma Protestante foi um movimento de transformação religiosa que se contrapôs à Igreja Católica. Surgido fora do âmbito da Igreja, esse movimento criticava as práticas abusivas dos clérigos católicos, ao mesmo tempo em que questionava alguns pressupostos teológicos defendidos pelos mesmos. Apesar do caráter fortemente católico, a Reforma teve implicações políticas, sociais e econômicas, uma vez que representava o interesse de várias classes sociais e contava, em vários países, com o poder real.
Fatores da Reforma
Diferentes fatores contribuíram para a Reforma Protestante:
• Fortalecimento da burguesia: essa classe social tinha interesse nas reformas religiosa, pois as práticas comerciais eram condenadas pela moral econômica da Igreja;
• Formação das monarquias nacionais: a Igreja era um empecilho para o fortalecimento e centralização dos Estados, havendo graves conflitos de interesse entre a mesma e o poder real;
• Invenção de Gutemberg: por volta de 1440, Johannes Gutemberg criou os tipos móveis, facilitando feitura de livros e panfletos e, dessa forma, a circulação da informação;
• Renascimento Cultural: as transformações culturais promovidas pela renascença, e conseqüente valorização do homem e seu espírito crítico, possibilitaram uma leitura crítica do texto bíblico.
Luteranismo
As teses de Martinho Lutero
A deflagração da reforma na Alemanha se deveu, principalmente, pela cobrança de indulgências. O papa Leão X necessitava de rendimentos para a construção basílica de São Pedro em Roma. Por isso, solicitou que o monge Tetzel que vendesse indulgências, ou seja, o perdão de Deus. Tal prática despertou grande insatisfação por parte dos fieis.
Em 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero demonstrou toda sua insatisfação com a Igreja Católica, afixando na porta da Igreja de Wittenberg 95 teses criticando as práticas do catolicismo. Para ele, a salvação dos homens só poderia estar associada à fé e, por isso, combatia duramente