Disfunções da burocracia
Como visto anteriormente, a burocracia tem por objetivo principal a previsibilidade do funcionamento da organização e é nesta direção que surge o modelo burocrático de Robert King Merton, importante sociólogo principalmente no que se refere ao estudo da burocracia. Merton nasceu em julho de 1910, nos EUA, e faleceu em fevereiro de 2003.
Seu modelo vai criticar principalmente a previsibilidade da teoria de Weber. Merton percebeu que o modelo de Weber tinha espaço para consequências imprevistas que acabavam levando a organização à ineficiência e às imperfeições as chamadas “disfunções da burocracia” destacadas a seguir:
Merton baseia seu modelo burocrático nas consequências não previstas, por exemplo, a Internalização das regras e apego aos regulamentos que é quando estes passam a ser o objetivo da organização e não mais os meios para atingir a eficiência almejada inicialmente por Weber. Perde-se, deste modo, a flexibilidade. Além disso, a superconformidade às rotinas e aos procedimentos – outra disfunção da burocracia – aponta que com o tempo essas regras tornam-se absolutas para quem as exerce, limitando a criação e espontaneidade, “além da crescente incapacidade de compreender o significado de suas próprias tarefas e atividades dentro da organização como um todo” (CHIAVENATO, ano, p.270).
As regras criam um o excesso de formalismo e de papelório e é um dos fatores que mais trazem conotação pejorativa para a Burocracia de Weber, pois tende ao excesso de formulários e documentos o que na maioria das vezes torna os processos morosos.
Outra questão que Weber não previu foi a resistência às mudanças, pois a rotinização dos processos e atividades traz segurança ao funcionário, assim como a mudança traz desafios e insegurança. Segundo Chiavenato (ano) a resistência pode ser passiva e quieta ou pode acontecer em forma de tumultos, greves e reclamações. Do mesmo modo, a rotinização dos processos vem acompanhada da impessoalidade entre os