Discussão Sobre As Desigualdades Regionais no Brasil

VIDAL, Francisco C. B. Nordeste do Brasil – atualidade de uma velha questão: vicissitudes da teoria do subdesenvolvimento regional no contexto do capitalismo contemporâneo. 2001. Dissertação (Mestrado) – Escola de Administração, UFBA, Salvador, 2001.
______. Considerações em torno da validade atual da discussão sobre as desigualdades regionais no Brasil. Série Estudos e Pesquisas. Salvador: SEI, n. 67, p. 109-151, 2004

A questão nordestina do Brasil, se referindo a grande disparidade da mesma com a região Sul-Sudeste, teve uma larga discussão para que houvesse um melhor entendimento deste assunto.
O grande pensador, geográfico, entre tantas outras qualidades, Celso Furtado, estudou esta temática e encontrou que em "termos da adoção de políticas públicas mais ativas para tratar dessa problemática... a estratégia da intervenção estatal planejada, por fim consubstanciada na criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE)" era a melhor para ser usada.
O artigo tem como foco estudar como se deu a trajetória da questão nordestina para assim tentar entendê-la, desde seu início até as suas mudanças.
Antes da consciência sobre a desigualdade regional, o Nordeste sempre foi conhecido como "área problema" no Brasil. A falta de acompanhamento pelas teorias de subdesenvolvimento e utilização das técnicas de planificação da economia, o NE brasileiro foi subsidiado por políticas assistencialistas para assim tentar amenizar as consequências das secas periódicas.
Tentativas não faltaram para solucionar o problema da seca, mas apesar de tantas evoluções, no quesito de formulação de ações (como a criação da Inspetoria das Obras Contra as Secas (IOCS), em 1909, e por conseguinte a sua evolução para o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), em 1945) a União não passou de ações estatais de caráter assistencialista.
Outro fator que dificultou o crescimento do Nordeste junto com as outras regiões mais ativas, Centro-Sul, foi o pesado