Disciplina e inclusão
É difícil despertar motivação e conseguir a participação de todos em um clima disciplinado. Quando a turma torna-se ainda mais diversa e heterogênea com a presença de pessoas com deficiência, o desafio é ainda maior. O preconceito é grande e o assunto é tratado como mito. É mais fácil procurar outras alternativas de atendimento e excluir do que buscar metodologias, estratégias e atitudes adequadas para a evolução do aluno incluído. Inclusão e disciplina (ou indisciplina e o que está por trás dela) precisam ser compreendidas para que se possam construir políticas educacionais adequadas para o efetivo exercício da qualidade.
Além disso, muitos professores costumam considerar a indisciplina como uma das características do aluno que não aprende. Relaciona-se o baixo nível de aprendizagem com o mau comportamento, ou seja, “não aprende porque é indisciplinado em sala de aula e vice-versa”. Este é um dos principais “entraves” do trabalho docente. Ouvimos muitos professores colocando a “culpa” da falta de aprendizagem no aluno indiscriminadamente, isto é, se o aluno não aprendeu, a culpa é dele ou da sua família, que não ajuda, não participa, não cobra, não exerce o seu papel. Sabe-se que isso tudo interfere, mas o que o professor pode fazer?
Poucos professores admitem que uma boa formação continuada, preparando-os para lidar de forma eficiente com a criança incluída, pode trazer benefícios para