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RESENHA CRÍTICA – Unidade II
Com uma crítica à realidade instalada há partir o século XVIII, na Revolução Industrial, o longa “Germinal” exibe uma parte do processo que mudou toda a Europa e o Mundo. Com a crise da sociedade feudal, vigente anteriormente, abriu-se um espaço para o crescimento do capitalismo. Este, aos poucos, foi desestruturando as antigas crenças, os princípios morais e jurídicos que sustentavam o antigo sistema.
Os movimentos grevistas que se tornaram cada vez mais recorrentes durante este período da Revolução Industrial, em que a grande parte da população europeia passava por uma extrema miséria econômica e degradação humana, é representada no filme por um grupo de mineiros franceses que lutam contra a exploração de que são vitimadas. Entretanto, ao se levantarem contra o sistema, passam a ser alvos da repressão das autoridades, que utilizavam do medo e da ameaça como ferramentas de intimidação.
Questões polêmicas durante o século revolucionário, como os abismos sociais que permeavam, a verdadeira eficácia ou não da realização das greves diante o sistema capitalista e a existência de líderes que lutam por uma revolução diante da situação em que viviam e de pessoas que buscam apenas sua sobrevivência renegando tais atitudes, trazem pelo filme como essa complexa e transformadora era se inseriu na França e no Mundo como um todo, o seu surgimento, suas repercussões e avanços.
Ainda no contexto da Revolução do século XIX, mas voltando-se para o Brasil, encontramos modos singulares de tal avanço industrial no território brasileiro, como nas modernizações das regiões do Norte de Minas Gerais, Norte e Nordeste do Brasil que se deram a partir do capital do mercado interno, que por sua vez, foi resultado da agricultura e do comércio desenvolvido na área, utilizando, inclusive, de mão de obra nacional: “A mão de obra utilizada foi constituída por homens livres e escravos. (...) Os escravos engajados