Direitos humanos e psicologia

Texto: Direitos Humanos e Psicologia

O texto supracitado, de autoria do membro da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, Professor Leôncio Camino, faz um convite à análise da relação entre a Psicologia e os Direitos Humanos, objetivando conduzir o leitor a se perguntar qual é a responsabilidade da Psicologia, enquanto movimento histórico de conhecimentos científicos e de práticas profissionais sobre os avanços e recuos nas lutas pelos Direitos Humanos. Partindo de definições para um entendimento coerente do leitor acerca da temática, o autor levanta um debate envolvendo cinco hipóteses: A primeira hipótese afirma com solidez que o desenvolvimento das ciências humanas, em particular o da Psicologia, decorreu do avanço realizado no período Iluminista pela Metodologia Científica e pela a noção liberal de indivíduo advinda da era das revoluções.
A validade da segunda hipótese se inscreve na análise do desempenho da psicologia na definição da natureza do homem, tarefa esta nem um pouco simples, devido às várias construções de visões sobre a natureza humana. De acordo com o autor, sua consecução exigiria um estudo contextualizado norteando a evolução das diversas concepções psicológicas do homem. Afirma que os movimentos sociais e suas ações coletivas são originados como respostas à situações sociais e que, a visão científica acerca dos movimentos sociais não pode ser considerada unicamente uma resposta do autor e de seu grupo ao fenômeno social mas também, um fator que interfere na evolução dos movimentos sociais.
Na terceira hipótese, questiona o papel paradoxal que a Psicologia tem desempenhado na construção dos Direitos Humanos, visto que há uma diversidade de concepções e práticas no campo da Psicologia. Comenta que existe, por parte de alguns psicólogos, uma visão muito positiva desse papel no desenvolvimento do ser humano e que, opondo-se á esta visão, aparecem movimentos como os da Psicologia radical, cuja ideologia se fundamenta