direitos humanos universalismo
1.Relativismo cultural
Os debates sobre os direitos humanos na atualidade estão concentrados no relativismo cultural como grande desafio à universalidade desses direitos. Janusz Symonides defende que esse relativismo não pode ser utilizado como pretexto para a não universalização dos direitos humanos.
Para sustentar essa posição o autor inicia através de algumas constatações acerca do relativismo. Ele diz que as culturas não estão mais isoladas, então a diversidade e pluralidade cultural levam a um diálogo intercultural. Levando-se em conta esse diálogo, chega-se à conclusão que esse processo de globalização consolida e reformula valores éticos universais. Isso não exclui a possibilidade de que cada uma tenha suas especificidades, suas peculiaridades.
Segundo Janusz Symonides(2003,p.56), “Qualquer cultura relacionada ou comparada a outras culturas pode encontrar suas próprias idiossincrasias e peculiaridades, seus pontos fortes e fracos.”
Esse trecho mostra bem a visão do autor de não colocar uma cultura dominante, mas sim que cada uma tem seus prós e contras n entrando no mérito da questão.
2. Importância do Congresso de Viena para os direitos humanos
A Conferência Mundial sobre os Direitos Humanos, realizada na capital austríaca em 1993, foi o ponto de partida para a Declaração e Programa de Ação de Viena, marcando o início de um esforço para a proteção e promoção dos direitos humanos.
Nessa conferência percebe-se uma aceitação da compatibilidade entre os conceitos de universalidade e especificidade cultural.
Dos pontos de vista abordados na Conferência de Viena, chama a atenção o posicionamento do Kuwait e da China. O Kuwait observa que todos os humanos são iguais em sua humanidade e a China diz que os direitos humanos não podem ser algo único para todos os países devido à distinção do desenvolvimento e das tradições históricas de cada pais. Apesar desse ponto de vista, a China aceitou os princípios da