A linguística textual, como ciência da estrutura e do funcionamento dos textos, começou a se desenvolver na década de 60 na Europa, especialmente na Alemanha. Sendo o texto mais do que a soma dos enunciados que o compõem, sua produção e compreensão derivam de uma competência específica do falante — a competência textual. Esta, refere-se à todas habilidades do falante em distinguir textos de não-textos, na sua capacidade de resumir um texto, de atribuir-lhe um título, etc. O texto consiste em qualquer passagem falada ou escrita que forma um todo significativo independente de sua extensão. Trata-se, pois, de um contínuo comunicativo contextual caracterizado pelos fatores de textualidade: contextualização, coesão, coerência, intencionalidade, informatividade, aceitabilidade, situacionalidade, e intertextualidade. Tendo em vista, uma visão mais aprofundada sobre coerência e coesão. A coerência textual é o instrumento que o autor vai usar para conseguir encaixar as “peças” do texto e dar um sentido completo a ele. Cada palavra tem seu sentido individual, quando elas se relacionam elas montam um outro sentido. O mesmo raciocínio vale para as frases, os parágrafos e até os textos. Cada um desses elementos tem um sentido individual e um tipo de relacionamento com os demais. Caso estas relações sejam feitas da maneira correta, obtemos uma mensagem, um conteúdo semântico compreensível. O texto é escrito com uma intencionalidade, de modo que ele tem uma repercussão sobre o leitor, muitas vezes proposital. A coerência é um resultado da não contradição entre as partes do texto e do texto com relação ao mundo. Ela é também auxiliada pela coesão textual, isto é, a compreensão de um texto é melhor capturada com o auxílio de conectivos, preposições, etc. Há autores que distinguem dois níveis de análise, correspondendo a coesão e coerência, embora a terminologia possa ser diferente; outros não distinguem, e outros ou fazem referência a apenas um desses