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O dia 11 de agosto marca os 10 anos da “Campanha dos Estudantes pelo Desarmamento – Sou da Paz” que ajudou a colocar a segurança pública em pauta nos anos 90 e deu origem ao que hoje é o Instituto Sou da Paz
A História
Anos 90 e o país enfrentava uma das piores escaladas de violência de sua história. Os índices de homicídios cresciam e era preciso chamar a atenção da população para a necessidade de combater as armas de fogo. Até então, o tema era ignorado pela maior parte da sociedade no Brasil, mas especialistas nacionais e internacionais em segurança pública já alertavam que este era o primeiro passo a ser dado no combate à violência.
Os dados atuais apontam que o país perdeu mais de 300 mil pessoas assassinadas com armas de fogo apenas nos últimos dez anos, fato que coloca nosso país no topo do ranking de mortes por este artefato no mundo. As principais vítimas desse tipo de crime são os jovens, homens, pobres, moradores de favelas e periferias das grandes cidades. As causas dos homicídios são, em mais de 70% dos casos, fúteis, como brigas de bar e de trânsito, conflitos entre vizinhos, disputas entre grupos de jovens, acertos de conta, além da nada banal violência doméstica e dos acidentes causados por armas.
Além disso, nos anos 90 e ainda hoje, as armas e munições em sua grande maioria são adquiridas legalmente, mas passam a fazer parte do crônico mercado clandestino existente dentro e fora do país, agravando ainda mais este quadro. De todos os assassinatos praticados por pessoas diretamente envolvidas com a criminalidade, mais de 80% deles são provocados com o uso de armas que entraram no mercado de maneira legal. Ou seja, o que mata no Brasil não são os fuzis e metralhadoras, usados por algumas quadrilhas extremamente especializadas, mas sim os “38” de fabricação nacional. O resultado direto disso é uma sensação de insegurança generalizada e indiscriminada, e a instituição do medo como o sentimento mais