Direito
Fica-nos como destaques inesquecíveis o comportamento muito peculiar dos tais guerreiros incumbidos na recuperação do fogo: há a cena em que um deles taca uma pesada pedra no outro e todos - inclusive o apedrejado, com a cabeça sangrando - têm um ataque de riso. É clássica ainda a cena em que algumas fêmeas ancestrais vão refrescar a garganta num riacho e uma delas, ali acocorada, é surpreendida sexualmente por um macho das cavernas. Bem, digo surpreendida por falta de palavra melhor, já que a tal fêmea não parece muito surpresa:
A Guerra do Fogo prossegue surpreendendo a audiência pela sensibilidade com que trata um tema tão complicado, onde povoam ainda poucas certezas e muitas teorias. Como cinema, revela, dentro da simplicidade da produção, uma narrativa poderosa onde, sem dúvidas, nos identificamos como seres dotados de grande capacidade de adaptação e cujo tempo parece tornar sempre mais intrigantes.