Direito - o caso dos exploradores de caverna - resenha critica
INTRODUÇÃO
O Direito, em seu desenvolver histórico, sempre esteve marcado por controvérsias interpretativas. Temos o entendimento claro de que convivemos com uma ciência da argumentação, que propicia certo leque de entendimentos contrários sobre pontos específicos, excludentes entre si, mas plausíveis, por ser vinculados a um substrato de ideias. É assim que, sem adentrarmos no campo da antijuridicidade, podemos perceber situações postas ao judiciário, no caso dos exploradores, que, envolvendo pretensões objetivamente idênticas (mas subjetivamente diversas), geram soluções antagônicas. A obra que intendemos ora analisar tratam, de um modo geral, dessa questão, abordando uma das maiores problemática estudadas pela disciplina da Introdução ao estudo do Direito, que é o embate entre o direito natural e o positivismo jurídico. Como houvéramos dito em nossas primeiras palavras, é um sério problema de entendimento, de interpretação do direito, que se põe aos aplicadores do direito com maior frequência do que imaginamos. Ser atento ao que dispõe a letra da lei ou tentar interpretá-la de forma mais consistente com a realidade social e a fática que se nos apresenta, procurando fazer do direito um instrumento da justiça e não, por vezes, um impedimento a ela.
O caso dos exploradores de caverna
Resenha crítica
Lon Luvois Fuller (1902-1978) nasceu no Texas, cursou Direito em Stanford. Formou-se em Economia e Direito, dedicando-se a estudar, aprender e aplicar diversas formas de ordenação social, sendo tais de total importância para alcance da verdadeira função social do Direito. Fuller publicou diversas obras de direito civil, de filosofia e teoria do direito, que em grande parte rejeita as abordagens moralistas tradicionais. “O caso dos exploradores de cavernas” é uma de suas obras mais importantes e nos atrevamos a dizer que é uma das mais interessantes também. O caso intrigante e fictício, nos