direito penal
Nos últimos tempos, o termo Mobilidade passou a ser freqüentemente utilizado, ganhou as rodas de conversas e tornou-se uma espécie de ‘palavra da moda’. Isso, graças aos transtornos causados por congestionamentos cada vez mais freqüentes no Recife, uma cidade que se acostumou a privilegiar o automóvel em detrimento do transporte público e que, antes de tudo, carece de uma mudança cultural neste aspecto.
Mobilidade designa o trânsito de tudo aquilo que se mexe dentro da cidade: cargas e pessoas, que podem se locomover a pé, de bicicleta ou por meio de veículos motorizados. Estes últimos se subdividem em automóveis individuais particulares e em transporte público coletivo de passageiros.
A mobilidade depende de vários fatores: da dispersão espacial dos diversos locais aonde se tem interesse de ir, do sistema de transporte público ou, ainda, da rede viária disponibilizada. Depende também de aspectos inerentes às pessoas, como renda, idade, nível de educação e hábitos culturais.
Frente aos esclarecimentos desses conceitos, hoje, população e especialistas se esforçam para compreender e esclarecer uma questão fundamental: afinal, por que ocorrem os congestionamentos? Quem se inicia nesse debate precisa, antes de tudo, compreender que os congestionamentos não são causa e sim conseqüência dos sérios problemas de mobilidade que o Recife vem enfrentando; e que, segundo especialistas, para resolver o problema, é preciso melhorar a forma de gerir o tráfego.
Existem indicadores disponíveis que tornam possível aferir a eficiência da mobilidade no Recife. Um deles é a velocidade média dos ônibus nas diversas áreas da cidade e nos principais corredores de tráfego, que reflete, em parte, a qualidade dos deslocamentos nos transportes públicos.
Uma pesquisa domiciliar de transporte, realizada em 1997 pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/Recife), detectou resultados para a taxa de mobilidade da RMR que