direito civil
. A estrutura de globalização do tolerância zero.
. O lugar da prisão no novo governo da miséria.
. Quem são os “clientes”?
Nota aos leitores brasileiros
p. 7 ‘segurança, subitamente relegada á mera dimensão criminal’ “a penalidade neoliberal ainda é mais sedutora e mais funesta quando aplicada em países ao mesmo tempo atingidos por fortes desigualdades de condições e de oportunidades de vida e desprovidos de tradição democrática e de instituições capazes de amortecer os choques causados pela mutação do trabalho e do indivíduo no limiar do novo século.” p. 8 “estrutura de dominação que mascara a categoria falsamente ecumênica de ‘globalização”.
p. 8 “Na ausência de qualquer rede de proteção social, é certo que a juventude dos bairros populares esmagados pelo peso do desemprego e do subemprego crônicos continuará a buscar no ‘capitalismo de pilhagem’ da rua (como diria Max
Weber) os meios de sobreviver e realizar os valores do código de honra masculino, já que não consegue escapar da miséria no cotidiano”.
p. 9 “em 1992, a PM de SP matou 1.470 civis – contra 24 mortos pela NYPD e 25 pela LAPD (...) Essa violência policial inscreve-se em uma tradição nacional multissecular de controle dos miseráveis pela força, tradição oriunda da escravidão e dos conflitos agrários, que se viu fortalecida por duas décadas de ditadura militar, quando a luta contra a
‘subversão interna’ se disfarçou em repressão aos delinquentes” [LEMBREM-SE DA FALA DA BIZOCA: O INIMIGO EXTERNO
PASSA A SER O INIMIGO INTERNO PARA A REPRESSÃO]
p. 11 “o estado apavorante das prisões do país, que se parecem mais com campos de concentração para pobres, ou com empresas públicas de depósito industrial dos dejetos sociais, do que com instituições judiciárias servindo para alguma função penalógica – dissuasão, neutralização ou reinserção (...) condições de vida e de higiene abomináveis, caracterizadas pela falta de espaço, ar, luz e