dimensoes culturais recreaçao
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Na compreensão da recreação e do lazer jogos e brincadeiras é reconhecer o desenvolvimento histórico e cultural e o próprio percurso da Educação Física. Compreender a recreação em seu desenvolvimento histórico e cultural é reconhecer o próprio percurso da Educação Física, uma vez que, no Brasil, o incremento de práticas recreativas foi responsável pela criação dos cursos de formação profissional em Educação Física. É possível afirmar ainda que a recreação esteja intimamente relacionada à própria história da educação, da escola e especialmente do ensino primário público, sua ocorrência pode ser observada ao longo do século XIX, período em que aparece como componente de um modelo educativo que ficou conhecido como médico educativo-higienista. Dentro desse projeto de formação e intervindo sobre a saúde biológica e social e da população, a recreação aparece como um importante instrumento pedagógico, cuja orientação era disciplinar o corpo no sentido de que no tempo livre não aproximasse da a preguiça. Ela se configura como estratégia de tempos, espaços e práticas realizadas na escola, sobretudo nos momentos vagos entre atividades obrigatórias e, assim, torna-se um dos primeiros modelos de “Educação Física”, vindo a permanecer no ensino primário (infantil), cujo objetivo era “estimular o corpo e o espírito mediante a escolha seleta das brincadeiras, exercícios e distrações” . Por meio de atividades lúdicas, jogos e exercícios de ginásticas, os limites entre trabalho e tempo, obrigação e diversão, eram tecidos e revestidos pelas noções de utilidade e recompensa que começam a ser “forjadas” pela prática da recreação e acionadas já nas primeiras lições da educação infantil. Desse modo, se num primeiro momento da história da educação no Brasil a recreação foi um importante recurso educativo-pedagógico-disciplinar destinado como auxiliador no ensino primário público. Posteriormente pode ser vista também como uma atividade responsável pela educação moral e cívica dos