Difícil conciliação: gravidez x escola
22/09/11
DIFÍCIL CONCILIAÇÃO: GRAVIDEZ X ESCOLA
TRABALHO DE ESTATÍSTICA
João Luiz Alves Honorato
UNIG – UNIVERSIDADE IGUAÇU
22/09/11
DIFÍCIL CONCILIAÇÃO: GRAVIDEZ X ESCOLA
TRABALHO DE ESTATÍSTICA
João Luiz Alves Honorato
Difícil conciliação: gravidez x escola
Enquanto aumenta o número de casos de gestação entre adolescentes, faltam políticas públicas que estimulem permanência de jovens mães nas salas de aula
Existe uma associação entre gravidez precoce, baixa escolaridade e baixa renda. As adolescentes grávidas estão concentradas nas famílias que ganham até um salário mínimo mensal. Muitas estão fora da escola antes de engravidarem e, se isso ocorre, as chances de seguirem o caminho da educação formal são cada vez mais reduzidas. Embora algumas vejam na gravidez uma possibilidade de melhorar de vida, na realidade há uma continuidade no ciclo de pobreza. São necessárias políticas públicas e também a participação da comunidade no apoio às jovens mães.
O número de adolescentes e jovens brasileiras grávidas é hoje 2% maior do que na última década; as meninas de 10 a 20 anos respondem por 25% dos partos feitos no País, segundo o Ministério da Saúde. Esse quadro ajuda a engrossar o índice de evasão escolar no Brasil, principalmente porque não existem programas que visem apoiar jovens grávidas e mães a seguirem nos estudos.
Uma pesquisa do Departamento de Pediatria do Hospital Universitário de Brasília, que durante quatro anos acompanhou 425 grávidas de 13 a 19 anos do Distrito Federal e do Entorno, mostra que apenas 37,5% continuaram na escola durante a gravidez. Os motivos que levam 62,5% a deixarem de estudar são mal-estar, vergonha ou desestímulo. Os dados são de 2003.
Gestação incômoda
Quando engravidam, muitas adolescentes se sentem pressionadas a sair da escola porque são submetidas a constrangimentos dos diretores, professores, colegas e pais dos colegas. Alguns pais dessas meninas contribuem decisivamente