Diferenças entre Planejamento Estratégico Situacional e o Tradicional
Diferenças entre Planejamento Estratégico Situacional e o Tradicional
O planejamento tradicional é demasiadamente simples e perigoso mas que, por ser simples, torna-se estático. Ele é muito fiel a realidade no papel, e em nossas cabeças, uma vez implantadas, em sua cegueira, passam a anular a própria realidade com as mudanças que podem ocorrer no dia-a-dia das pessoas. Este tipo de planejamento está desprestigiado porque é identificado como autoritário, tradicional, tecnocrático, determinista e é aplicado como se esta fosse a única maneira de conceber o planejamento.
Tradicionalmente, se usa o diagnóstico para explicar a realidade e isso se reduz a uma explicação exclusivamente estática, o que engessa a forma de operar por sua falta de rigor e por reduzir-se a uma explicação única, não podendo alimentar o cálculo interativo. O plano tradicional tem como base uma teoria do controle de um sujeito sobre um sistema e que, para sua realização, exige um certo grau de controle. Esta concepção de planejamento é em alguma medida, positivista, por ignorar todos os atores do processo social, já que as projeções são feitas na cabeça de um conselheiro distante, que não está obrigado a lidar com a governabilidade e a incerteza.
Já o conceito de análise situacional obriga a determinar quem explica; Explicar é identificar-se com uma leitura da realidade, obrigando a diferenciar as explicações. Cada ator avalia o jogo social de modo particular e atua segundo sua própria interpretação da realidade. Deve-se procurar dar respostas diferentes a perguntas diferentes, pois para um mesmo problema, há diferentes valores e chaves de interpretação possíveis.
O PES, ao trabalhar com a realidade, minimiza a imposição de valores e, de uma forma democrática e e descentralizada, passa a ser uma ferramenta de liberdade. Ele parte-se do pressuposto de que a realidade gera problemas, ameaças e oportunidades. Por exemplo, o político trabalha com problemas e a população