planejamento
RESUMO
Este artigo apresenta uma revisão das obras O método PES: entrevista com Matus de autoria de Franco Huertas, e Ascensão e queda do planejamento estratégico de autoria de Henry Mintzberg, com o objetivo de confrontar essas duas abordagens e a partir daí estabelecer o futuro do planejamento estratégico como disciplina ou filosofia administrativa e os desafios do planejamento estratégico governamental.
Palavras-chave: planejamento estratégico, planejamento estratégico governamental, método de planejamento estratégico.
1 INTRODUÇÃO
Num mundo sob o paradigma de intensa competitividade e, consequentemente, de constantes mudanças, resultando num ambiente complexo, imprevisível e de profundas incertezas, onde a concepção de cenários futuros é cada vez mais para muitos um exercício de adivinhação, quais seriam então as perspectivas da filosofia do planejamento estratégico e especialmente do planejamento estratégico governamental? Esse questionamento tem sido objeto de muitas reuniões de gestores de alto nível, de organizações privadas e também de instituições públicas. Inclusive, as discussões não têm poupado fóruns que, ao longo de muitos anos, vêm utilizando da metodologia de planejamento estratégico para definir os rumos dos negócios. A polêmica toma volume à medida que os casos de fracasso, sempre de maior repercussão, não foram evitados pela adoção sistemática do planejamento estratégico. Já se fala que o planejamento estratégico é apenas mais um modismo, alavancado pelas empresas de consultoria para garantir seu portifólio de serviços.
Se modismo ou não, hoje, e mais acentuadamente nos últimos 10 anos, uma empresa que não embarcou na onda do planejamento estratégico é vista com maus olhos no seu segmento de mercado e, também, por seus clientes mais exigentes. Falar que na empresa se adotam as melhores práticas