Planejamento estratégio
1. INTRODUÇÃO
A palavra planejamento faz parte do vocabulário e do dia-a-dia da grande maioria das pessoas. Desde a dona de casa que planeja mensalmente a compra no supermercado e semanalmente a compra na panificadora ou na feira, passando pela organização não-governamental que se desespera com a baixa produtividade de seus esforços, até as equipes econômicas que dão as diretrizes para unificação de blocos econômicos, como o Mercado Comum Europeu ou a ALCA.
Contudo, cada uma dessas pessoas ou organizações tem uma idéia diferente do seja planejamento. Mas apesar dessas diferenças, algumas coisas elas tem em comum: a crença de que planejar é, antes de mais nada, uma técnica. Alguns acham que planejamento é pura e simplesmente uma técnica. Nada mais falso e equivocado, pois planejamento é, antes de tudo, um estado de espírito!
Não um estado de espírito contemplativo. Pelo contrário, a visão do planejamento como sendo essencialmente uma técnica é que se assemelha a contemplação, pois se pensa no planejamento como o ato de escrever no papel um conjunto de boas intenções e de meios que, hipoteticamente, permitirão atingi-las e, pronto, está feito o planejamento. Tudo dentro de uma “técnica”, é claro! Mas planejar exige um estado de espírito ativo e interativo.
O planejamento é uma reflexão que precede e comanda a ação. É a mediação entre o conhecimento e a ação, entre a ação e o conhecimento. O planejamento mexe com questões que nos são muito caras.
Mexe com a verdade. A nossa verdade a respeito de uma situação: - Quais são os meus problemas? - Como posso explicá-los? - Tenho, verdadeiramente, interesse em resolvê-los?
Mexe com o desejo: - O que eu quero no lugar dos meus problemas atuais? - O paraíso? - Alguns problemas menores que os atuais? - Sei realmente o que quero?
Mexe com o poder: - Posso chegar onde quero? - Tenho os recursos necessários? - Quem são meus aliados e meus oponentes? -