Diabete s e exercício físico
AMERICANA DE DIABETES – Posicionamento Oficial
Diabetes Mellitus e Exercício
INTRODUÇÃO
Durante o exercício, o consumo total de oxigênio no organismo pode aumentar em vinte vezes, e maiores aumentos podem ocorrer nos músculos de trabalho. Para obter suas necessidades de energia nestas circunstâncias, o músculo esquelético usa, em quantidades aumentadas, suas próprias reservas de glicogênio e triglicérides, como também ácidos graxos livres derivados da quebra de triglicérides do tecido adiposo e de glicose liberada do fígado. Para preservar o funcionamento do sistema nervoso central, níveis glicêmicos são notavelmente bem mantidos durante o exercício. Hipoglicemia durante o exercício raramente acontece em indivíduos não diabéticos. Os ajustes metabólicos que preservam os níveis normais de glicemia durante o exercício são, em grande parte, mediados por hormônios. Uma diminuição de insulina plasmática e a presença de glucagon parece serem necessárias para o primeiro aumento da produção de glicose hepática durante o exercício; e durante exercícios prolongados o aumento de glucagon e catecolaminas no plasma parece desempenhar um papel chave. Estas adaptações hormonais são essencialmente perdidas em pacientes diabéticos insulinodependentes. Como conseqüência, quando tais indivíduos apresentam baixos níveis de insulina na circulação devido à terapia inadequada, uma excessiva liberação de hormônios contra-insulínicos durante o exercício pode aumentar ainda mais os níveis de glicose e corpos cetônicos e provocar cetoacidose diabética. Da mesma forma, altos níveis de insulina, devido à administração de insulina exógena, podem atenuar ou até prevenir a alta mobilização de glicose e outros substratos induzidos pelo exercício e resultar em hipoglicemia. O mesmo pode ocorrer em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 em terapia de insulina ou sulfoniluréia; porém, em geral, hipoglicemia durante o