dia do coringa
O “Dia Do Curinga” é um livro de filosofia por excelência. Excelência em tratar de assuntos relevantes ao que importa filosoficamente.
Tudo gira em torno de um garoto crescendo, aprendendo e em torno de um personagem único, diferenciado, que VIVE em função de mostrar, ensinar algo.
O que podemos aprender com alguém diferente? O que podemos ensinar à alguém ávido por conhecimento? Uma dicotomia existe dentro daquele que busca a sabedoria. Ele ensina e aprende ao mesmo tempo. Ensina que precisamos de mais e aprende que nunca sabe demais.
Eis um ponto inicial que penso ser fundamental para se ler um texto ou um livro de filosofia.
Quando li tal livro pela 1ª vez, gostei pouco dele logo de cara, tinha lido “O Mundo De Sofia” e gostava mais desse inicialmente, mas já na 2ª leitura, “O Dia Do Curinga” se tornou um dos livros “de cabeceira” para mim.
Pai e filho decidem ir atrás da esposa e mãe, ir atrás daquela que faz falta a ambos. Mas a viagem se mostra ser maior do que uma simples busca pela amada ou reencontro com genitora. Transforma-se em um encontro com o conhecimento pessoal, conhecimento familiar e uma aula de filosofia. A filosofia é ensinada despretensiosamente pelo pai, a cada parada, a cada história contada, a cada demonstração de saber. A viagem se transforma em um enredo filosófico, que aproxima mais pai e filho.
No caminho, o garoto, Hans Thomas bebe uma bebida encantada, ganha uma lupa e um minúsculo livro, que o faz adentrar em uma história mágica, onde cartas de baralho são personagens de um mundo aparentemente aleatório, mas que depois se demonstra mais físico e real possível. Nessa outra história, um náufrago é acompanhado por seres caracterizados pelos naipes do baralho, pessoinhas de Ouros, Copas, Espadas e Paus