Devir, Desterritorialização e Território
Devir
Entender o Devir para Deleuze está relacionado à forma como ele pensa o desejo. Pois o Devir é o conteúdo próprio do desejo, desejar é passar por devires. A busca em nunca ser o mesmo, estar sempre em constante processo de ressignificação, de mudança, de construção de si. Os autores discorrem também do devir ser uma realidade, ou seja, longe de se assemelharem ao sonho ou ao imaginário, é a própria consistência do real. Em suas palavras:
"Devir é nunca imitar, nem fazer como, nem se conformar a um modelo, seja de justiça ou de verdade. Não há um termo do qual se parta, nem um ao qual se chegue ou ao qual se deva chegar. Tampouco dois termos intercambiantes. A pergunta 'o que você devém?' é particularmente estúpida. Pois à medida que alguém se transforma, aquilo em que ele se transforma muda tanto quanto ele próprio. Os devires não são fenômenos de imitação, nem de assimilação, mas de dupla captura, de evolução não paralela, de núpcias entre dois reinos." (D, 8) .
Desterritorialização e Território
Ambos constantemente abertos ao novo serão pensados aqui a partir da proposta de Deleuze e Guattari de pensar a territorialização e a desterritorialização como processos concomitantes, fundamentais para compreender as relações sociais. Desterritorialização é uma noção central nas obras dos citados autores, sendo os dois considerados os criadores desse conceito. De forma simplista desterritorialização é o movimento pelo qual se