Dhfhkfhskhgklsdhljkdfghjkld

3381 palavras 14 páginas
CURRÍCULO COMO MÁQUINA DESEJANTE

Ada Beatriz Gallicchio Kroef (UFRGS)

Maquinando uma análise

O presente trabalho parte de um estranhamento em relação ao que, convencionalmente é chamado de "currículo", para abordá-lo enquanto máquina. Para tanto, utilizo-me do conceito de máquina na perspectiva de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Formulo duas concepções de currículo, que designo como: 1) currículo-programa constituído por propostas curriculares oficiais e as ditas "alternativas", e 2) currículo-corte, como atalho, ruptura. Ambas configuram máquinas de diferentes naturezas: máquinas de Estado e máquinas de guerra. Caracterizo o "nomadismo curricular" como possibilidade de desterritorializações que interceptam os currículos oficiais e alternativos, para produzir currículos-cortes. Estes tecem redes com diferentes suportes de saberes que circulam pelas trocas. Com isto, o sujeito responsável pelo resultado da ação desaparece, diluindo seus detentores. O currículo deixa, então, de ser currículo, pois é impossível apreender, reduzir a "currículo" uma infinidade de multiplicidades.

Interceptando currículos

A concepção moderna e disciplinar de sociedade utiliza a Educação como um dos instrumentos para garantir a integração, através da participação dos indivíduos iguais, em unidades pertencentes a uma totalidade. Esta Educação visa assegurar a cidadania, organizando uma espécie de programa, ordenado pelo currículo, que prepara para o exercício dos direitos e deveres. Tal concepção denota o currículo como um programa, que visa atingir resultados. O programa configura um roteiro de execuções, que se encontra associado às práticas disciplinares. Este roteiro objetiva um fim, através de um percurso calculado que busca um melhor desempenho. A disciplina faz-se necessária uma vez que, conforme Foucault, corresponde “à arte das distribuições” dos indivíduos no espaço e no tempo, conformando uma técnica de poder “capaz de compor forças para um aparelho

Relacionados