Devaneios
É a pergunta que gostaria de fazer.
Num mundo onde tudo tem sentido mas nada tem origem apalpar o que de mais tenho ouvido: o viver corrido. Tendo ditado a mim que venceria o tédio e seria feliz sorti-me de demência, demência essa que supre todo e qualquer sentimento audaz que possa tranportar-me para um mundo mais politicamente aplicado.
Tudo parece estar bagunçado, mas na verdade tudo está é tão bem organizado e arrumado, só que ao mesmo tempo acumulado, e por mais estranho que lhe pareça é o que de fato causa a desordenação.
Se ao menos os sentimentos fossem bem conceituados... arriscaria por-me a prova de alguma exposição que me faça querer estar aqui pra sempre.
Para quê preencher minha mente de palavras ou linhas de pensamento complicadas se as coisas que mais possuem valor são as simples? Sempre que corro do óbvio observo o mal.
Paixões restritas à imagem das sórdidas concórdias que estabelecem prazeres indizíveis. Pensamentos ordinários sem o mínimo sentido que a lyla tão linda poderia ter gerado. Por quem eu gostaria de ser entendida? De certo que só por Deus, ah! Isso já me bastaria.
É tarde, ouve-se o som de buzinas e motores de automóveis, de pássaros nobre e pombos repudiantes, pessoas falam, pessoas gritam, pessoas param, o sol se põe. E com ele vai toda a minha calma, todo o meu amor. Porque tudo está certo, mas tudo poderia melhorar.
Meu Senhor, isso pode melhorar? Homem jogam cartas enquanto seus filhos se perdem em meio às suas vãs esperanças..
E então ouço o que me diz: as carruagens já passaram, e a velocidade já chegou, a ansiedade ganhou cura, porque já tanto me amou.