Devaneios de um amor impossível

Devaneios de um amor impossível

Já era tarde, Angelina curtia as últimas horas de um dia ensolarado em Paris, estava a caminho de casa carregando pães e leite para o seu marido Charles, pensando no que fazer no próximo dia, que se tratava do aniversário de seu marido. Ela queria fazer uma festa, então, não atenta com os detalhes do caminho, tropeçou em uma pedra que estava solta e, nisso, caiu, espalhando suas compras pela rua. Aparece, então, um rapaz com aparência jovem que ajudara ela a se levantar e recolher suas compras. Esse rapaz era negro, com tendências brasileiras e se chamava Felipe. Ele, preocupado, disse:
- Você está bem? Não se machucou?
- Muito obrigada, estou bem. Estava com a cabeça longe e acabei me distraindo. Nem observei à calçada, sinto-me como uma criança aprendendo a andar.
Os dois sorriram e Angelina se sentiu como em sua infância, como se seu primeiro amor estivesse em sua frente. Ela sentiu algo diferente que não acontecia há muito tempo, mas resolveu acreditar que isso era coisa de sua cabeça. Os dois se despediram e seguiram seu caminho.
Angelina era uma respeitável mulher de 45 anos que se casou cedo, não fazia questão de trabalhar, pois seu marido Charles, de 48 anos, sempre comandou os negócios da família e era dono de uma empresa de telemarketing, uma das principais de Paris. Ele não fazia questão que ela trabalhasse e assim ela vivia arranjando coisas para agradar ele, como se fosse um passa tempo. Na manhã seguinte, Angelina disse a Charles que precisava sair mais cedo para buscar roupas na lavanderia, mas ela queria mesmo era ir à empresa de telemarketing para anunciar a festa surpresa de Charles. Ela sabia que ele tinha costume de ir mais tarde para a empresa e aproveitou esse tempo para ir até lá. Angelina foi discreta ao máximo para que ele não desconfiasse de nada. Chegando lá, deu de cara com Felipe, que no dia anterior tinha lhe ajudado no momento de sua queda. Assustada com a presença do rapaz, ela disse: