Caracter Sticas Do Romantismo
Individualismo: Contra a sujeição às regras dos neoclássicos, contra a imitação dos modelos, os românticos defendem a independência, a afirmação do indivíduo em si mesmo, o culto da personalidade. O “eu” é o pólo centralizador e o valor máximo. O mundo exterior servirá para que o “eu” nele projecte os seus sentimentos ou de pretexto para a evasão para mundos imaginários. É a apologia da imaginação e do devaneio poético. “O espírito humano, para os românticos, constitui uma entidade dotada de uma actividade que tende para o infinito, que aspira a romper os limites que o constringem, numa busca incessante do absoluto, embora este permaneça sempre como um alvo inatingível. Energia infinita do “eu” e anseio absoluto, por um lado; impossibilidade de transcender de modo total o finito e o contingente, por outra banda – eis os grandes pólos entre os quais se desdobra a aventura do “eu” romântico. (Vítor Manuel Aguiar e Silva – Teoria da Literatura)
Ânsia de Liberdade: Do acentuado individualismo brota, naturalmente, o desejo de quebrar todas as cadeias que coarctam a liberdade do “eu”, quer sejam políticas, morais ou sentimentais. Por isso, o escritor gritará contra os tiranos, quer sejam reis ou imperadores, aproximará a literatura do povo, a quem considera a essência da Nação, interessa-se pelos temas tradicionais como manifestação espontânea da alma popular. O romântico deixar-se-á conduzir pelo instinto, pela paixão, pelo sentimento, pelo idealismo religioso, procurando na natureza a visão da perfeição absoluta, da verdade absoluta e de Deus. O herói romântico comporta-se como um rebelde, altivo e desdenhoso, desafia a sociedade e o próprio Deus. Prometeu é, assim, a figura mítica exaltada como símbolo e paradigma da condição do homem.
Interesse pela Idade Média: Abandonando os modelos greco-latinos e, consequentemente, a mitologia, os românticos apaixonaram-se pela Idade Média porque fora essa época o momento da afirmação das