Deuses da Administração
O autor Charles Handy propôs uma técnica de identificação da cultura da organização por meio da comparação com deuses da mitologia grega.
O uso desta analogia serve para frisar que a administração não é uma ciência exata, mas um processo criativo que deve muito à cultura da organização. Existem certos padrões no comportamento das pessoas que podem ser identificados e servir de apoio na decisão dos administradores, e o uso da mitologia representada pelos deuses Zeus, Apolo, Atena e Dionísio se propõe a identificar esses padrões. Cada cultura não é única e nem pode ser classificada como boa ou ruim, e sim adequada ou inadequada para a organização ou para o funcionário.
ZEUS
A primeira a ser analisada é a Cultura-de-Clube, representada pelo deus supremo do Olimpo, Zeus.
Conforme a mitologia, um deus deveria matar seu pai para assumir seu trono, e os pais deveriam matar seus filhos para evitar serem mortos por eles. Assim, Zeus nasceu já com a missão de sobreviver aos ataques de seu pai (Cronos) e vingar seus irmãos, devorados pelo pai. Já no primeiro confronto, Zeus conseguiu arrancar seus irmãos de dentro do pai e, vencida a batalha, dividiu seu poder com eles.
Zeus foi considerado o primeiro rei do Olimpo graças à sua força, mas é principalmente adorado por ser encantador com suas fraquezas quase humanas, onde a paixão e a infidelidade encontravam-se lado a lado com os poderes divinos.
A Cultura-de-Clube tem como figura a teia de aranha. As linhas mais importantes são as que envolvem a aranha no meio, sendo as linhas do poder e da influência, que ficam menores quanto mais se distanciam do centro. Essa cultura é mais comumente encontrada em pequenas organizações empreendedoras e familiares, o que não significa que não exista em organizações de maior porte, onde o Zeus empreendedor aparece com destaque.
A rapidez das decisões é uma das características mais marcantes desta cultura, onde a qualidade das decisões dependerá da competência