Determinismo e liberdade

Determinismo e liberdade
Os animais têm uma programação natural do que fazem, não podem evitar ser como são, porque não sabem fazer mais nada nem comportar-se de outro modo. Com os homens, já não é bem assim, apesar de estarmos um pouco programados pela Natureza. Segundo Fernando Savater “Estamos programados para beber água, e não lixívia (…)”. Mas os homens não são iguais aos animais. Por muito que sejamos programados pela Mãe Natureza, depois de qualquer causa acabamos sempre por ter várias opções à nossa escolha (efeitos) e comportamo-nos de maneiras diferentes, escolhendo o que achamos melhor para nós. É aqui que entra a liberdade, característica que nos diferencia dos outros seres. É verdade que não podemos fazer tudo o que queremos, mas também não estamos obrigados a ter uma única opção de escolha. Existem dois aspetos principais sobre a liberdade:
Não temos capacidade de escolher o que nos acontece (por exemplo: a data de aniversário, a cor do nosso cabelo, termos uma doença…) mas podemos responder como quisermos ao que acontece na nossa vida (por exemplo: a música que ouvimos, o modo de nos vestirmos…);
A liberdade e a omnipotência não são a mesma coisa. A liberdade permite-nos escolher dentro do possível e a omnipotência é, de certa forma, obtermos tudo o que queremos, mesmo que seja impossível. Com isto, podemos concluir que quanto maior for a nossa capacidade de pensamento e responsabilidade nas escolhas, maior será a liberdade.
Existem muitos fatores que condicionam a nossa liberdade, sejam biológicos e biológicos, que não podemos evitar e os sociais, que têm uma grande influência sobre nós, apesar de os podermos ignorar, como por exemplo a televisão com anúncios, campanhas políticas…
Quando temos várias opções à nossa escolha, por vezes escolhemos a que seja mais fácil e melhor para nós, mesmo não sendo a mais correta, mas ficamos com um peso na consciência sobre a opção que deveríamos ter escolhido, apesar de ser mais complicada de realizar.