Determinismo e liberdade
Diálogo acerca do tema
"Determinismo e Liberdade"
Após verem o noticiário da noite, dois irmãos discutem o tema: “Determinismo e Liberdade”. Pedro é partidário do determinismo radical e Sofia do determinismo moderado. Pedro começa então a conversa:
_ Eu acredito que tudo na vida está determinado. A liberdade humana não existe e tudo o que acontece tem uma causa.
Sofia expõe o seu ponto de vista:
_ Pois eu penso que a liberdade do homem, a liberdade de escolha, e existe, mas está condicionada por factores biológicos, sociais, educativos e experiências pessoais. Enquanto que negas totalmente a responsabilidade humana mediante as suas acções, eu acho que só podemos atribuir o valor de moralidade quando se é responsável pelas acções que se faz. E temos duas grandes razões para acreditar na moralidade.
_ Repara bem - continua ela - todos nós temos necessidade de nos valorizarmos. Ao retirar do homem a responsabilidade, não lhe estaríamos a dar qualquer possibilidade de se valorizar e valorizar os outros. Por exemplo, um aluno que tire nota máxima num exame, segundo a tua teoria, não seria valorizado pelo esforço e empenho, a sua nota seria uma simples causa, um mero acontecimento na sua vida.
Mas - tenta contestar Pedro - é complicado negar que o homem faça algo por si mesmo, sem se guiar por acções passadas. É impossível tomar qualquer decisão ou fazer uma escolha sem confiar primeiro que algo funcionou no passado. Quando pomos açúcar no café, estamos à espera que este fique mais doce, e ficaríamos muito surpreendidos se tal não acontecesse.
Sofia discorda:_ Existem acontecimentos que não se podem prever. Por exemplo, ventos, actos inevitáveis, que não têm propriamente uma causa. Tropeçaste em alguém, mas não estava determinado nem previsto por uma circunstância passada. Se nos guiarmos pela tua tese: “Determinismo é verdadeiro, não há responsabilidade” estamos a