Detergente em pó
A formulação de detergentes em pó para lavagem de roupa vai mudar radicalmente no Brasil. Pautado pela sustentabilidade ecológica e competitividade econômica, os fabricantes estão abolindo o STPP (tripolifosfato de sódio), empregando zeólitas, polímeros, enzimas e até derivados de óleo de coco de babaçu. Os fabricantes estudam também novas formulações para lançar um produto com maior poder de lavagem e menor consumo de água. “Isso trará um ganho em economia para o produtor e o consumidor, além de ser altamente sustentável”, diz Maria Eugênia Saldanha, diretora executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla). Para Gustavo Haruki Kume, gerente de marketing da área industrial da Clariant, remover a sujeira pesada respeitando o meio ambiente é mesmo um desafio grande para o setor. “Mas, na minha opinião, a próxima evolução química está relacionada com a proteção da cor e com o poder de lavar roupas brancas e coloridas simultaneamente e facilitar a posterior passagem a ferro de roupas”, avalia o executivo. Os fabricantes não revelam nada sobre a constituição de qualquer nova fórmula, mantida a sete chaves. Hoje, o detergente em pó, popularmente conhecido como sabão em pó, é composto basicamente por 12% de surfactantes (tensoativos), 12% de builders, 6% de ingredientes auxiliares e 70% de auxiliares de produção ou cargas. É bom lembrar que o mercado é segmentado, a começar pelo próprio posicionamento em relação à marca, preço e regionalismo. Dessa maneira, cada formulação possui um balanço diferente na combinação de insumos. Em um detergente premium, por exemplo, há um teor mais alto de surfactante e vários tipos de enzimas, entre outros ingredientes de limpeza e brilho. O segredo de uma formulação capaz de realizar mais lavagens com reduzido consumo de água estaria na concentração das