desigualdade social, abandono familiar e jovens na criminalidade
É evidente ver em nossa sociedade a violência se manifestar nas áreas mais pobres. Isto está relacionado à falta de estrutura social e falta de condições dignas de vida. A questão é: o que leva crianças e adolescentes desfavorecidos a ingressarem na criminalidade? E por que são os mais propícios a isso?
São pelos problemas familiares, pois a família é a base de educação que todo ser humano deveria ter direito. Por falta de condições ou falta de consciência dos próprios pais, as crianças são abandonadas tendo que se virarem sozinhas, ficando expostas às drogas e armas, se tornam agressivos. E isso vira um ciclo, esse filho com falha de instrução vai ser o pai que bebe, que bate na esposa, nos filhos, e assim segue.
O Brasil ser conhecido pela violência infelizmente já é um fato. Uma pesquisa feita pelo Centro de Proteção à Infância e Adolescência calculou que de 70% de mortes violentas que atingem jovens de 15 a 17 anos 50% são por grupos de extermínio, 40% por traficantes e 8,5% pela polícia.
Não há solução rápida e fácil para quebrar essa cadeia hereditária, a história da humanidade é assim. A política deve intervir cada vez mais, além de usar o dinheiro dos impostos para dar assistência a essas famílias e comunidades de infindáveis formas, deve dar a chance de conscientizar a abrir aqueles olhos vermelhos.
Foto: Fábio Lima, 2005, Goiânia
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Artigo 227 da Constituição)
As conquistas da cidadania foram lentas e ainda há um longo caminho que falta percorrer. Nem a