Desigualdade Racial na Educação
Thayná Monteiro Euzebio2
Referência
PINTO, I.C; Desigualdades raciais na Educação: A Política de Cotas nas Universidades publicas Brasileiras. Uberaba: Jornal laboratório do curso de comunicação social, 2003.
Carlos Ignácio Pinto é bacharel em história e professor do Núcleo de Consciência Negra da Universidade de São Paulo. Ignácio escreveu o artigo “A Política de Cotas nas Universidades Públicas Brasileiras” no qual defende a necessidade da implantação dessa política no Brasil e rebate as criticas usada por seus opositores. De acordo com o professor, o silêncio da sociedade brasileira no combate ao preconceito racial é a principal causa das diferenças sociais presentes no país. É por isso que são poucos os que defendem a idéia de um sistema que reserva vagas nas universidades para negros e pobres, este que desde os primórdios da nossa historia são submetidos, em sua maioria, a marginalização devido a falta de oportunidades. Carlos Ignácio também comenta sobre duas opiniões comuns que são geralmente usadas por quem se apresenta contrario a tal sistema. A primeira diz respeito a ma qualidade de ensino básico no Brasil que dificulta a entrada de estudantes de escolas publicas nas universidades e a segunda, que somente o investimento financeiro do aluno e sua dedicação aos estudos resultaram em seu sucesso. Para o autor, há anos que se espera uma melhoria na qualidade de nosso sistema educacional e enquanto isso o preconceito e a discriminação aos negros aumentam ano após ano, resultando na baixa media de entrada desse grupo étnico nas universidades publicas. A respeito do segundo argumento o autor afirma “... existem mais pessoas miseráveis negras do que brancas”, no entanto muitos dos estudantes que freqüentam o NCN (Núcleo de Consciência Negra) possuem um baixo poder aquisitivo e mesmo assim ao passo que estudam eles trabalham para sustentar suas famílias, ou seja, eles se dedicam e apesar disso não conseguem entrar no ensino superior.