Design e Semiótica do design
O conceito de Semiótica é o estudo dos signos e suas ações, o que chamamos de semiose. Já o signo, segundo Santaella, é entendido como aquilo que representa algo para alguém. Os signos, que podem ser objetos, símbolos, palavras, desenhos, representam e transmitem alguma informação, ou várias informações, seja num cartaz, numa propaganda… Portanto, o signo está no lugar de algo, não é a coisa em si. Os signos são tão numerosos e variados que podem ser divididos em grupos, categorias, e classes para efeito de estudo, sendo uma das classificações mais conhecidas a proposta por Charles Peirce, a tricotomia formada pelo Representâmen (ou signo em si), o Objeto e o Interpretante. O Representâmen está dividido em: Quali-signo, características que não particularizam o signo, como cor, textura, acabamento; Sin-signo, aspectos que individualizam o signo, como forma e dimensões; e por fim o Legi-signo, como as conversões, regras e padrões que se manifestam no signo, como as aplicações de perspectiva, o atendimento das regras. O Objeto é o modo como o signo se refere àquilo que representa e está, também, dividido em: Ícone (quando a representação se dá por semelhança, analogia), Índice (quando a representação se faz por meio de marcas que o Objeto Dinâmico causa, a relação é de causalidade el se evidencia pelo vestígio, pelos indícios), e por fim o Símbolo (a representação arbitrária do objeto por força de uma associação de ideias). O Interpretante consiste nas possibilidades interpretativas do signo e está divido em três níveis: Rema (no qual há uma imprecisão de sentido, indeterminação), Argumento (no qual há precisão e rigor científico) e Dicente (no qual o interpretante enseja particularizações interpretativas).
A importância do signo para o design:
Além do signo temos o significante e o significado que são resultado de um processo relacional que se cria na mente do receptor (o intérprete), e para falarmos da importância do signo