semiótica e design
dado que a vida do designer é composta de ciclos onde primeiro se levantam definições de projeto e depois, e depois se projeta buscando responder o que as definições colocaram como problema.
existe um caminho consciente para definição do problema (análise de briefing, definição da metodologia e de ferramentas metodológicas, coleta de dados e definição do problema).
porém isto gera sempre uma lista de requisitos, na sua grande maioria verbais.
a atividade do designer é de traduzir estas listas de requisitos em produtos, sejam eles de qualquer natureza, tanto gráficos como tridimensionais.
O designer nada mais é do que um tradutor.
e como traduzir algo verbal em algo visual?
ou até mesmo uma referencia visual em um projeto de design sem que seja a aplicação de cópia da forma?
a questão é traduzir, e, segundo Walter Benjamin, traduzir significa, no sentido mais primitivo da palavra, atravessar fronteiras.
e onde se encontram estas fronteiras no design?
já ouviram falar em SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO?
é aí onde nossas fronteirasestão, transformar um significado, das listas de requisito em signo.
mas para melhor entender o significado, entendemos como esse conhecimento se processa na mente, passando pelo significante.
deste significante podemos extrair o signo essencial, ou signo estruturante, para que este possa compor a resolução formal que melhor atenda o que nosso significado cobrava de um signo.
é importante ressaltar que a qualidade da tradução sempre vai depender da bagagem cultural, emocional e intelectual do tradutor.
isso nunca poderia ser visto como um ponto negativo da abordagem do design enquanto tradução, pois aí se garantiria sempre o caráter artístico e simbólico do design, aí se garantiria a autoralidade do design.
a autoralidade do design cria a diferenciação