Design e Reformismo Social
Entre os séculos 18 e 19 começam a surgir transformações nos meios de fabricação, tão grandes que passam a ser conceituadas como o acontecimento econômico mais importante desde o desenvolvimento da agricultura. Essas mudanças ficaram conhecidas como Revolução Industrial.
A primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, com início por volta de 1750. O grande 'surto' foi na fabricação de tecidos de algodão. A Grã-Bretanha detinha um quase monopólio comércio exterior europeu entre 1789 e 1815. A partir daí seus comerciantes intermediavam compra e venda de produtos por todo o mundo gerando um ciclo em que os tecidos, chás e louças comprados na China e na Índia eram trocados por escravos na África, usados para plantar algodão barato nos Estados Unidos e no Brasil, que era utilizado pela indústria britânica para fabricar tecidos que exportados de volta a esses lugares, gerando a cada etapa novos lucros para os intermediários. A partir daí surge o capital necessário para fazer de pequenas oficinas artesanais em grandes fábricas, equipadas com máquinas de última geração. A mecanização do trabalho diminui os custos com mão-de-obra barateando os tecidos fabricados na Inglaterra que se tornaram acessíveis a uma classe de compradores que nem sonhavam em adquiri-los.
Primórdios da organização industrial
Entre os séculos 16 e 17 o eixo do comércio se transferiu para a Europa, a partir daí começam as competições entre nações o que levou os estados a investir na produção de bens de consumo em escala jamais vista. Quase todos os países europeus fundaram entre os séculos 17 e 18 suas manufaturas reais que fabricava louças, têxteis e móveis. O primeiro sistema completo surgiu na França sob Luis XVI e seu superintendente Jean-Baptiste Colbert, fábrica fundada em 1667 - a Gobelins, que atingiu uma prodigiosa produção. Um ponto interessante do ponto de vista do design foi a atuação do pintor