Desertificação neoliberal do Brasil
PARTE 01: DA AVENTURA BONAPARTISTA DE COLLOR À RACIONALIDADE EXARCERBADA DE FHC.
COLLOR E A AVENTURA BONAPARTISTA.
Quando se lança um olhar para a campanha eleitoral e esse período posterior à posse, ficam semelhantes os traços entre Collor e o bonapartismo. Collor remete-nos ao segundo Bonaparte, que se celebrizou na frança por ter realizado um golpe de Estado. A primeira impressão intrínseca ao bonapartismo remete-nos ao fato de que nos projetos bonapartistas os interesses gerais da ordem são sempre prevalecentes, mesmos quando em alguns aspectos contingenciais, os setores dominantes são atingidos. Uma segunda dimensão advém do fato de que a persona do Bonaparte precisa de uma massa de manobra que permita calibra a sua autonomia relativa ante os interesses dominantes. A tendência autocrática e ditatorial foi comum a todas as manifestações bonapartistas.
O DUPLO FRACASSO NO PROJETO COLLOR Os seus projetos vivenciados nos planos Collor 1 e 2, vivenciou uma dupla derrota. O projeto Collor vislumbra a modernização capitalista sucateando o capital estatal, destruindo o pequeno e médio capital, implodindo a tecnologia nacional, substituindo-a por uma tecnologia forânea e abrindo nosso parque produtivo para o capital que detém essa tecnologia. O Plano Collor 1, objetivava através da recessão violenta, do arrocho salarial, do enxugamento da liquidez, da redução do déficit publico, da privatização do Estado estancar o processo inflacionário para abrir caminho para um real segundo momento mais ofensivo. O Plano Collor 2 é o reconhecimento da falência das medidas imediatas e contingenciais. Este empobreceu ainda mais o país, desestimulou o parque produtivo, achatou barbaramente os salários, manipulou intensamente a consciência dos setores populares e a inflação passou a índices insuportáveis.
COLLOR E A CRISE BRASILEIRA O governo Collor viveu, com base nas denúncias de Pedro