Desenvolvimento e mudanças
Explique como ocorreu o processo de deterioração das contas externas brasileiras no primeiro mandato do governo FHC. Quais as medidas econômicas foram implementadas. O controle da inflação assumiu caráter estratégico no campo macroeconomico. A expansão do consumo, devido ao aumento do poder de compra da população, gerado pelo fim da corrosão inflacionária, elevou bastante o volume de importação.
Como, historicamente, o Brasil sempre foi deficitário nas contas de Rendas e Serviços (principalmente devido ao serviço da dívida externa), equilibrar o Balanço em Conta Corrente (resultado financeiro das transações em bens e serviços com o exterior), era necessário conseguir superávits na Balança Comercial (exportação menos importação).
Neste período, com a necessidade de suprir o mercado interno com alto volume de importações, a balança comercial ficou negativa, o que, somado aos resultados negativos da Balança de Serviços e Rendas, gerou um alto déficit em Conta Corrente. Nos primeiros anos do Plano Real, a receita advinda das privatizações compensava, pelo lado do Balanço de Capitais, déficit em Conta Corrente. No entanto, quando as privatizações minguaram, a situação das contas externas começou a se complicar.
Ademais, com as crises financeiras do México, em 1995, do sudeste asiático, em 1997 e da Rússia, em 1998, o capital financeiro internacional tendia a se retirar dos países em desenvolvimento emigrar para mercados mais seguros. Para segurar no país o capital necessário para equilibrar o Balanço de Pagamentos*, o governo brasileiro elevou drasticamente as taxas de juros. Como grande parte da dívida pública era indexada a taxas de juros, o aumento dessas taxas inflou o volume da dívida, gerando um círculo vicioso.
Diante desta realidade em 1998, o país passou por uma situação delicada, sendo necessário pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional e ao governo dos Estados Unidos, que atenderam