desenvolvimento da moralidade
LA TAILLE, Yves de. A dimensão ética na obra de Jean Piaget.
Série Idéias, n. 20, São Paulo, FDE, 1994, p. 75-82. Acesso: www.crmariocovas.sp.gov.br As pesquisas realizadas por Piaget, com crianças de cinco a doze anos, sobre o juízo moral, lhe permitem esclarecer que o juízo moral passa por duas fases:
* 1ª - A moralidade confunde-se com o universo físico:
* as normas são entendidas como provenientes da ordem das coisas – por isso não modificáveis;
* os imperativos são interpretados ao pé da letra.
* 2ª - As normas são entendidas como normas sociais cujo objetivo é regular as relações entre as pessoas:
* Em torno de 10/11 anos a criança começa a se entender como um agente no universo moral, capaz de, mediante relações de reciprocidade com outrem, estabelecer e defender novas regras.
À inicial obediência passiva a imperativos inquestionáveis sucede a obediência ativa decorrente do respeito mútuo. Heteronomia Autonomia
O bem é entendido como obediência O bem é entendido como a um dever preestabelecido equidade e acordo racional mútuo das consciências
Estágio pré-operatório A autonomia moral pressupõe uma razão também autônoma, capaz de chegar por si mesma a verdades através de implicações. Esta capacidade depende da reversibilidade das operações mentais, característica do estágio operatório.
A criança troca:
* No campo do saber – a crença pela demonstração
* No campo moral – o dogma e o tabu pela justificação
Na 1ª fase a criança começa a formar a consciência moral através de um tipo de relação social que Piaget chamou de coerção: a qual